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Dicas para saber a hora de pedir o Divórcio


O divórcio é um momento marcante na vida do casal e muitas pessoas preferem adiar o divórcio o máximo possível. As desculpas são as mais variadas: alguns dizem estar pensando nos filhos; outros dizem que preferem ficar juntos por causa da família (“o que vou dizer para minha família?!”), mas o fato verdade é que as pessoas sabem quando a relação terminou e tem medo de sair da zona de conforto.

Se há duas coisas terríveis que conduzem a vida das pessoas, uma é o MEDO; a outra, é a ZONA DE CONFORTO. Mudar dói… é fato! Mas sem dor, não há ganho. Ser feliz requer atitude. Requer decisão.

Os filhos crescem e vão viver suas vidas… A família prefere que tudo continue como está, porque para eles está bom… Quem tem que pensar em você é você mesmo(a). Ser feliz é uma decisão individual, solitária. A opinião das pessoas em volta só leva em conta o que elas mesmas querem para elas.

Enquanto isso, é você que chega em casa e tem que suportar a pessoa que já foi seu amor, mas não é mais!

Pensando nisso, alerto para alguns sinais de que você está perdendo tempo com essa relação que se desgastou:


1. Falta de diálogo e brigas constantes


A falta de conversa entre marido e mulher é quase um sinônimo de brigas constantes. Sem diálogo, não há entendimento, portanto, não há um só dia de paz na vida do casal. Geralmente um dos dois quer que o outro adivinhe seus pensamentos, não fala, não verbaliza claramente o que quer e cria mil ideias tóxicas na cabeça sem saber exatamente o que o outro pensa do assunto.

Outra situação que acontece com frequência é quando o casal conversa sobre tudo (trabalho, filhos, amigos, contas, etc), mas não fala sobre eles mesmos. Sem diálogo fica difícil manter o relacionamento. Busque conversar com seu par, e… se não der certo… Busque o divórcio. Não perca tempo!


2. Ciúmes e falta de confiança


Ciúmes é sinônimo de INSEGURANÇA. A pessoa insegura, descrente em suas qualidades, sente-se sempre em desvantagem se comparada com outras pessoas. O ciúmes em excesso chega a ser um problema clínico, tem que ser tratado. Pois a pessoa vê problema onde não tem.

O relacionamento precisa ser blindado pela confiança um no outro. Quando tem confiança no relacionamento, as coisas fluem de forma leve, natural, sem preocupações desnecessárias. Se não há confiança, não existe motivo para continuar no relacionamento.


3. Vida sexual inexistente ou sexo roteirizado


Assim como a falta de diálogo, a falta de vida sexual ou o sexo roteirizado inviabilizam a continuidade do relacionamento.

O que acontece com frequência é uma escolha confusa de papeis em casa, explico: com a vinda dos filhos, o casal tem que ter claro em mente que as crianças estão chegando depois da existência do casal… são as crianças que tem que se adaptar a nova família, e não a família girar entorno dos filhos.

O encontro sexual (se existir) passa a ser roteirizado como se fosse a ida a um restaurante por obrigação. O casal, nestas circunstâncias, confundiu os papeis, deixando de ser MARIDO e MULHER e virando apenas (integralmente) PAI e MÃE.

Com o nascimento dos filhos, nunca esqueça sua primordial função de cônjuge. Porque se isso acontecer, estará decretado o fim o relacionamento e o divórcio é a melhor solução.

Se você está passando por esse problema no relacionamento, mas não tem filhos, tem que se perguntar o que está fazendo para mudar isso (?) ou, se vale a pena continuar passando por isso?


4. Desleixo com a aparência


O fato de estarem juntos a muito tempo não quer dizer que não é mais necessário cuidar do corpo, das roupas, enfim, da aparência. Estar bem consigo próprio é essencial em todas as fases, não apenas na hora da conquista. Principalmente, porque o desleixo com a aparência denota uma certa tristeza (insatisfação com algo ou alguém) e afeta diretamente o relacionamento.

Fácil reconhecer alguém que está feliz: sempre bem arrumado(a), perfumado(a), emana um brilho especial. Se no seu casamento está faltando esse brilho, esse cuidado com a aparência, investigue se o problema é com você ou com seu cônjuge, e verifique se tem solução.

Se esse problema não tem solução, então não é um problema, vai ser apenas um divórcio!


5. Falta de saudades e pedir “um tempo”


Sentir saudades é diferente de sentir falta.

A saudade bate, estremece; A falta congela, entristece;
Saudade é amor; Falta é carência.

(Sandro Massuchetto, 20/09/18)

Se você sente alívio quando seu marido (ou esposa) sai para trabalhar… repense sua relação… Você pode estar perdendo tempo com alguém que você não gosta. Vai esperar quanto tempo para sair desse relacionamento?

Neste mesmo sentido vem aquele famigerado pedido: “vamos dar um tempo?”

Quem pede “um tempo” quer ver se as angústias que ele(a) tem na relação melhoram com o afastamento. A pessoa não está buscando melhorar o relacionamento, mas sim, quer ver sua condição individual melhorar (“e o outro que espere… que se dane!”).

Você vai esperar sentado(a) enquanto seu cônjuge faz experiências buscando melhora individual (?) ou vai resolver o problema de forma definitiva?


6. Comparações e críticas


O grande mal nos relacionamentos é focar no outro; a importância dos outros na vida do casal é o princípio do fim do relacionamento.

O casal deveria mirar em si mesmo, para projetar o seu futuro e criar algo novo, mas ao contrário disso, faz comparações com os demais. Muitas vezes, o casal que poderia ser feliz e realizado, acaba corroído por comparações com os outros. O desgaste no relacionamento vem com as tentativas de imitar, fazer igual e copiar um padrão.

Essas comparações afetam os relacionamentos a ponto da convivência tornar-se insuportável. E o divórcio passa a ser a única solução.


7. Quando o outro te tornou opcional


Aquela viagem que você sempre sonhou começa a ganhar ares de realidade e você nem pensou em ir acompanhado(a)? Ou seu cônjuge está planejando a viagem dos sonhos e nem perguntou se você quer ir junto? Isto significa que o outro é opcional.

Sendo opcional, os planos futuros levam o casal cada um para um lado diferente. Verifique se isso vai mudar. Se tiver solução, ótimo. Se não tem solução, divórcio!


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Sandro Massuchetto
Sandro Massuchetto
Advogado, escritor, estudioso do comportamento humano, apaixonado por Direito e Física Quântica (4931518641491). Casado. Sócio-fundador do escritório Massuchetto Advocacia. Contato: (41) 31800108 / 984005893. Site do escritório: www.massuchetto.com.br

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